Empatia. Esta foi uma das palavras rapidamente associadas a Juliette, quando ela se tornou conhecida do Brasil inteiro no Big Brother Brasil. "É um sentimento de justiça, de me tornar uma pessoa melhor", diz a campeã do BBB21 no podcast "Mamilos" desta segunda-feira, 20/9, com o tema "Empatia tem limite?", no ar no Globoplay. Apesar disso, a Bonita, que lançou o primeiro EP no início do mês, revela: "O impulso inicial é devorar, julgar, e isso tudo me dava muito medo".
"O conceito de empatia para mim é muito simples: é se colocar no lugar do outro, é tentar sentir o que ele sente e, claro, respeitá-lo. Fico muito feliz de as pessoas terem enxergado empatia em mim, porque ela faz parte da minha história o tempo todo e é um dos sentimentos mais nobres da humanidade. Tenho quatro irmãos, um diferente do outro, carregando suas feridas de vida, e, desde criança, sempre me coloquei no lugar deles, procurando sentir o que eles sentem", diz Juliette.
Enquanto a paraibana era vista como "alvo fácil" por seus companheiros dentro da casa do BBB, do lado de fora conquistava uma legião de fãs - os cactos - por sua principal característica: a empatia. Situação que foi vista, por exemplo, no comportamento de Juliette com Lucas Penteado, ao agir de modo diferente dos demais do grupo. No podcast, que aborda justamente essa habilidade, ela explica:
"Eu via no Lucas os meus irmãos. Ele é fruto de uma sociedade desajustada, com criminalidade, problemas e conflitos sociais. Muito sofrimento. Eu queria que as pessoas entendessem que por trás daquelas ações tinha um mundo de dores (...). Tinham situações em que ele passava dos limites, claro que eu também me incomodava, mas, às vezes, Lucas só precisava de um abraço".
Consciente de suas atitudes, Juliette lembra que o Big Brother Brasil mostra pessoas diferentes, que precisam se respeitar e dialogar. "O impulso inicial é devorar, julgar e isso tudo me dava muito medo. Eu posso não concordar com alguma coisa, mas eu tenho que respeitar e pronto, tudo bem. A vida fica mais leve assim. No reality, o público enxerga tudo, inclusive quando você força e tenta usar a empatia para manipular e, quando isso acontece, não é mais empatia, não é verdade”, complementa.
Apresentado pelas podcasters Ju Wallauer e Cris Bartis, o episódio "Empatia tem limite?" conta ainda com a participação da neurocientista Claudia Feitosa-Santana, pesquisadora e estudiosa de alguns aspectos da mente e do cérebro. Além do Globoplay (acesso via mobile), o episódio também está disponível no B9.