A Agência Nacional das Águas divulgou, na manhã desta segunda-feira (11), os dados do “Monitor de Secas”, documento que acompanha mensalmente a evolução das secas em cada região do Brasil. Os números divulgados nesta segunda referem-se aos resultados obtidos do mês de janeiro de 2024, coletados em dezembro de 2023. O Gerente de Monitoramento da AESA (Agência Executiva de Gestão das Águas), Alexandre Magno declarou, em entrevista ao Programa HoraH e Portal MaisPB que os dados analisados pela Agência indicam uma evolução para agricultura na Paraíba.
“O monitor faz o diagnóstico antecedente ao mês, nós não estamos mais no período de estiagem, nós estamos em março. No boletim elaborado em fevereiro vai ser divulgado que a Paraíba saiu de “Seca Fraca”, pois 2023 foi um ano com boas chuvas, para um período “Sem Seca Relativa”. Falando em termos de agricultura, temos uma evolução para uma agricultura consistente em 2024 e de uma recuperação dos reservatórios. Gradativamente o monitor vai mostrar essa relação evolutiva”, declarou Magno.
Diagnóstico
Segundo a AESA, o relatório não mostra a situação real das secas e sim um diagnostico evolutivo. “Apesar de desde dezembro estar chovendo na Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte, o Monitor de Secas dá um quadro retroativo de dezembro pra janeiro, mostrando o quanto a seca reduziu. Em vários estados do nordeste nós saímos de uma seca moderada para uma seca fraca”, afirmou o gerente.
Desde o mês de julho de 2023, o ritmo das chuvas caiu e a Paraíba entrou num período normal de estiagem, isso provoca uma seca moderada ou grave. “De 2023 para 2024 foi uma seca moderada, e agora com as chuvas que estão ocorrendo em todo nordeste, nós passamos para uma situação de seca fraca, como eles classificam, não se significa que tá em seca e sim uma classificação que nós saímos de um período normal de estiagem para uma seca fraca”, declarou.
Faixa Litorânea
Os dados divulgados apontam que já choveu o suficiente já para o Litoral Paraibano sair do “Período normal de estiagem”. Alexandre Magno afirmou que a partir do próximo boletim, a condição de padrão classificado como “Seca Fraca” vai mudar em relação ao mês anterior. A tendência é que essa faixa chegue a classificação de “Sem seca relativa”.
O Gerente da AESA também ressaltou que o “Monitor de Secas” não dá o parâmetro das chuvas, ele mede apenas o estado evolutivo do índice de aridez na região.