
Uma alternativa de alimentação para o rebanho com a garantia de menor custo de produção para o criador. Essa foi a busca do proprietário da fazenda 2R, Reinaldo Rodrigues Fonseca, ao procurar o Sebrae/PB e optar pelo desenvolvimento da experiência do pastejo rotacionado de palma para melhorar a produção de leite em sua propriedade, que fica localizada no Sítio Riacho da Onça, no município de Itaporanga, na região do sertão.
O pastejo, que começou a ser implantado há três anos em uma área de meio hectare, tem atualmente o dobro do cultivo e trouxe benefícios importantes para o desenvolvimento da atividade agropecuária. Diferente do plantio tradicional, onde o produtor realiza o corte e depois distribui palma para o rebanho. Neste modelo o animal vai até o cultivo e tem o pastejo rotacionado. Com menos mão de obra, o criador também é beneficiado pela redução de custo de manutenção.
“Tínhamos uma média diária de 220 litros de leite com a criação de vinte vacas. Depois da implantação do pastejo rotacionado, essa produção média subiu para 300 litros com os mesmos animais. Quem trabalha no campo sabe que o período da seca é mais difícil e hoje essa realidade foi superada devido a essa ação do Sebrae. Esse apoio pra gente é fundamental, assim como o trabalho da assistência técnica e o acompanhamento que existe para monitorar os resultados”, disse Reinaldo Rodrigues Fonseca.
Conforme o zootecnista da empresa Fazenda Eficiente e responsável pelo trabalho de assistência técnica, Alexandre Cortês, o cultivo é feito respeitando o espaçamento de quatro metros com faixa de cumprimento de trinta metros e distância de dez centímetros entre as raquetes de palma. O isolamento é feito com cerca elétrica e o processo de adubação do solo é realizado mensalmente. Também é utilizado o método de irrigação para manter o cultivo, observando o intervalo de tempo a cada quinze dias.
“É uma forma sustentável de garantir uma alimentação de qualidade e manter o rebanho, especialmente nesse período dos últimos quatro meses do ano, quando o período de estiagem é mais agressivo. São aproximadamente 30.000 plantas nessa área, sendo distribuídas nas espécies doce e miúda”, explicou.
De acordo com o gerente da agência regional do Sebrae/PB em Itaporanga, Isaac Araújo, a implantação do projeto na fazenda trouxe inovação e mais sustentabilidade no manejo do rebanho bovino. “Essa experiência é pioneira em nosso estado e tem apresentado resultados positivos para o desenvolvimento da propriedade. Isso pode ser verificado tanto no aumento da produção do leite com o uso da palma, que é considerada um alimento bastante nutritivo, como na própria diminuição de custo no processo do manejo”, pontuou.
Dia de campo
Uma comitiva formada por mais de 100 produtores e técnicos dos estados de Alagoas, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte e do próprio território paraibano realizou, nessa última sexta-feira (3), uma visita técnica para conhecer o projeto e replicar a experiência em suas propriedades.
O pastejo rotacionado de palma na Fazenda 2R é desenvolvido através do Sebraetec, projeto cuja ação consiste em disponibilizar serviços e soluções em tecnologias para incentivar o empreendedorismo e fortalecer os pequenos negócios. O modelo aplicado na propriedade é considerado como pioneiro no estado, sendo observada uma outra experiência na área rural do estado da Bahia.


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