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Dia do Radialista, por Misael Nóbrega

Até bem pouco tempo, o dia do Radialista era comemorado em 21 de setembro, numa alusão histórica ao decreto que fixou o piso salarial da categoria, no ano 1946, pelo então presidente da república, Getúlio Vargas

07/11/2023 às 07h59 Atualizada em 07/11/2023 às 20h59
Por: Redação
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Dia do Radialista, por Misael Nóbrega

Até bem pouco tempo, o dia do Radialista era comemorado em 21 de setembro, numa alusão histórica ao decreto que fixou o piso salarial da categoria, no ano 1943, pelo então presidente da república, Getúlio Vargas. 

Entretanto, uma lei federal, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006, instituiu o 7 de novembro como a data oficial do dia do Radialista, em homenagem à memoria do músico e radialista Ary Barroso, nascido nesse mesmo dia, em 1903.

É dispensável falar da importância do rádio na vida das pessoas. Assim como da contribuição de seus profissionais, ao longo de toda a sua existência. Porém, algo deve ser destacado: não se faz rádio sem paixão. 

“Das formas de imprensa, merece destaque o rádio, dado o calor da sua vivacidade, a sua força de convencimento, a rapidez da sua divulgação e a dimensão da sua audiência (...) "dissera-nos Padre Assis, em sua crônica das 12. 

Por todo esse tempo e desde a sua criação, o rádio teve que se remodelar, porém sem deixar de preservar as suas características: imediatismo, interatividade e mobilidade, dentre outras não menos marcantes. O rádio é o quintal de nossas vidas, com o seu regionalismo sempre presente. A ele, a responsabilidade de mediar o debate comezinho.

O rádio é o disco de vinil; o gravador de rolo; a transmissão por LP; é a válvula e o transistor; é o épico "a guerra dos mundos", por Orson Welles; é a voz de Roquete Pinto: "O rádio é o jornal de quem não sabe ler, é o mestre de quem não pode ir à escola, é o divertimento gratuito do pobre"... – O rádio é o nosso “bom dia” ´e o nosso “boa noite”.

É também a música, a notícia, o futebol;  a nota de falecimento; o “achados e perdidos”; o postal-sonoro, a festa da quermesse; a testemunha ocular; o repórter de polícia.; os programas de auditório... 

Ah! Rádio Espinharas... - A Panati de Ernani e Múcio Sátiro; e, que hoje, funde-se a Arapuan... - A Itatiunga, que quer dizer “pedra branca”, e foi assim o primeiro nome de Patos... – A cidade Morena FM, de programação musical jovem... - A queridíssima rádio comunitária Morada do sol...- Todas parentas da pioneira difusora de Mané Lino... - O rádio é um mistifório de certezas e incertezas. 

O rádio também é: Batista Leitão, Edileuson Franco, Virgílio Trindade, Aluizio Araújo, Paulo Porto, Geraldo Araújo, o locutor Rodrigo, a vida toda passarinho; e, é, ainda: Orlando Xavier, Nestor Gondim, Valdemir Silva, Damião Lucena, Luiz Gonzaga Lima de Morais, Roberto Fortunato, José Augusto Longo, Dedé Santana, Luis Carlos... - O rádio sou eu, em completa vocação; e, acima de todos esses, por deferência, o rádio é o ouvinte...

Parabéns, colegas radialistas, pela narrativa de todas as vidas. Encerro, servindo-me de padre Assis, mais uma vez: “Aos radialistas, a quem cabe o peso das tarefas, cabe o mérito das realizações (...)”.

Misael Nóbrega de Sousa