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Rainha Elizabeth II tem funeral de Estado na Abadia de Westminster

A cerimônia foi acompanhada por mais de 200 pessoas na igreja, inclusive cerca de 500 autoridades — entre elas, chefes de governo e Estado, como o presidente Jair Bolsonaro e o americano Joe Biden

19/09/2022 às 16h43 Atualizada em 21/09/2022 às 18h37
Por: Redação Fonte: Extra
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Foto: IAN VOGLER / STR
Foto: IAN VOGLER / STR

A rainha Elizabeth II teve um funeral de Estado nesta segunda-feira na Abadia de Westminster, onze dias após sua morte aos 96 anos. A cerimônia foi acompanhada por mais de 200 pessoas na igreja, inclusive cerca de 500 autoridades — entre elas, chefes de governo e Estado, como o presidente Jair Bolsonaro e o americano Joe Biden.

 

O caixão deixou o Palácio de Westmister, onde recebeu visita do público pelos últimos quatro dias, por volta das 10h44 (6h44 no Brasil). Coberto pela bandeira real, o corpo da monarca seguiu em procissão para a abadia.

 

A carruagem foi acompanhada à pé pelo rei Charles III e seus irmãos, os príncipes Andrew e Edward, além da princesa Anne. Atrás, seguiram os três netos homens adultos da rainha: os príncipes William e Harry, que voltou a usar seus trajes militares, e Peter Phillips.

 

O cortejo levou menos de 10 minutos e foi acompanhado por 142 membros da Marinha Real e dos Fuzileiros Navais Reais. A procissão teve ainda a presença de 200 músicos, incluindo tocadores de flauta e tambor dos regimentos escoceses e irlandeses.

 

A carruagem que levou Elizabeth II é a mesma que carregou os reis Edward VII, George V e George VI, o pai da monarca. Também foi usada no funeral do premier Winston Churchill.

 

Na Abadia, já era esperado por outros membros da família real: entre eles, o segundo e a terceira na linha de sucessão ao trono. O príncipe George, de 9 anos, e sua irmã, Charlotte, de 7 anos. A participação das crianças foi confirmada no domingo, após seus parentes decidirem que seria uma boa demonstração de continuidade.

 

Charlotte e George chegaram à igreja de carro junto de sua mãe, a princesa Kate, e a rainha consorte Camilla, e aguardaram seu pai para entrar em procissão atrás do caixão. Quem veio atrás da família no cortejo foi Harry, o irmão caçula do príncipe William, e sua mulher, Meghan.

 

Harry e Meghan estão distantes do resto da família desde que o caçula decidiu abandonar as funções oficiais e se mudou para os EUA, em 2020. O afastamento aumentou em março de 2021, quando o duque e a duquesa de Sussex confidenciaram, em entrevista à apresentadora americana Oprah Winfrey, que Kate já fez Meghan chorar, e acusaram a família real de episódios de racismo.

 

Na época, Meghan chegou a dizer que ficou arrasada com a hostilidade dos membros da família real, e que cogitou tirar a própria vida quando estava grávida de seu primeiro filho, Archie. Durante a conversa, o casal afirmou que integrantes da monarquia não queriam que Archie recebesse o título de príncipe e demonstraram preocupação sobre o "quão escura" sua pele seria.

 

A dupla não se sentou perto durante a cerimônia: William, o primeiro na linha de sucessão, foi posto na primeira fila com a princesa Kate, George e Charlotte. Ao lado do casal estavam Zara Tindall e Mark Phillips, os filhos da princesa Anne.

 

Harry e Meghan, por sua vez, sentaram-se na segunda fila, do outro lado de William, atrás do rei Charles III. Estavan ao lado das princesas Eugenie e Beatrice, as filhas do príncipe Andrew, e de Lady Louise e James, visconde Servern, os dois netos caçulas da rainha, filhos do príncipe Edward.

 

O sermão no funeral foi dado pelo arcebispo da Cantuária, Justin Welby, que exaltou a vida da rainha e a liderança que exerceu durante seus 70 anos como chefe de Estado.

 

— Sua majestade declarou celebremente em uma transmissão no seu aniversário de 21 anos que sua vida inteira seria dedicada a servir à nação e à Comunidade Britânica — disse ele. — Raramente uma promessa foi tão bem cumprida (...). Sua majestade deu exemplo não apenas por sua posição ou sua ambição, mas por aqueles que ela seguia.

 

A cerimônia durou cerca de 1h. Ao fim, a Abadia respeitou dois minutos de silêncio, observados pelo resto do país, e cantou o hino nacional britânico.

 

Depois, o flautista da rainha tocou o lamento final, encerrando a cerimônia.O caixão deixou a Abadia em procissão para o Arco de Wellington, perto do Hyde Park, de onde será conduzido à cidade de Windsor. Membros das Forças Armadas estavam alinhados no caminho, e milhares de britânicos acompanham nas calçadas.

 

Entre os convidados VIP estavam a rainha Margrethe II, da Dinamarca, a monarca a mais tempo atuante no continente. Ela alterou os planos de seu próprio Jubileu de Ouro, já que completa 50 anos no trono, em respeito à morte da monarca britânica.

 

O rei e a rainha da Espanha também estão presentes, assim como o imperador e a imperatriz do Japão. Os reis da Bélgica e da Holanda também foram a Londres.

 

Todas as autoridades internacionais precisaram ir para a Abadia de ônibus, determinou a organização do cerimonial. A única exceção foi aberta para o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que viajou em uma comitiva reduzida.

 

O presidente Jair Bolsonaro e a primeira-dama, Michelle, chegaram na Abadia junto de Emmanuel Macron, o líder da França, e sua mulher, Brigitte. Não está claro, contudo, se estavam no mesmo ônibus.

 

Bolsonaro e Macron, um crítico vocal da política ambiental brasileira, tem uma relação conturbada que se agravou após o brasileiro fazer comentários sexistas sobre a primeira-dama francesa em 2019. Em resposta, o ocupante do Eliseu disse esperar que o Brasil 'tenha logo' um presidente 'que se comporte à altura' do cargo.