O senador Veneziano Vital (MDB) admitiu, na noite dessa quinta-feira (27) que “há uma grande possibilidade” de ser candidato ao Governo do Estado nas eleições deste ano. A declaração foi feita na estreia do podcast “Conectados”, dos jornalistas Bastos Farias, Daniella Pimentel e Gustavo Rovaris, em Campina Grande.
“Há consideráveis possiblidades de estarmos nesse processo. Há um sentimento do MDB nacional, e vocês acompanharam a intervenção que o presidente [nacional do MDB] Baleia Rossi fez nesse sentido. É natural que compreendamos, até estratégico para quem hoje não apenas filiado, eu tenho e passei a ter desde o momento que teve a ausência do governador Maranhão, e que me foi distinguida a missão junto com outros companheiros de dirigir o MDB”, frisou.
Veneziano ressaltou a incumbência de fortalecer o MDB no Estado e também no Congresso Nacional. Ele apontou que a participação majoritária do partido é fundamental nessa recomposição da legenda no Estado
“A participação majoritária, estando um partido participar de uma composição majoritária, permite que você possa crescer. Nós temos que formar uma chapa para a Câmara Federal, uma chapa competitiva à Assembleia Legislativa, essa é uma missão que me foi delegado, então, junto a esses elementos, há uma possibilidade considerável sim [de ser candidato ao Governo]”, complementou.
Afastamento do governador João Azevêdo
Veneziano ainda disse passou os últimos quatro meses de 2021 sem se pronunciar sobre a política estadual, focado nas atividades no Congresso e na política nacional, mas estranhou o ‘lapso’ de 8 meses sem se reunir ou ser recebido para diálogo ou tratar sobre política com o governador João Azevêdo.
“Apenas acho estranho, e comentei com o governador, ao dizer que de abril de 2021 até agora, que foi na semana passada, você ter um lapso sem que dois amigos, sem que duas pessoas que foram companheiras e jornada, candidatos, ele ao Governo, eu ao Senado”, declarou.
Aliado durante a entrevista, Veneziano declarou que, mesmo com um possível rompimento com João Azevêdo não fará a crítica desmedida e sem o reconhecimento dos feitos do Governo: “Se vier a acontecer, de fato, esse desvincular-se, essa separação, com a candidatura do MDB com o nosso nome da candidatura de João Azevêdo, nós faremos as abordagens devidas e as apreciações cabíveis, não será Veneziano que, de uma dia para o outro, desconhecerá aquilo que possa ser motivo de um reconhecimento positivo das ações”,
Aproximação entre João e Romero Rodrigues
O senador emedebista disse que achou ‘estranho’ a aproximação de João Azevêdo com o ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSD), seu desafeto político nas últimas eleições. Para Vené, a movimentação deixou de lado a sua parceria e caminhada ao lado do governador.
“As minhas obrigações nesses três anos para com o Estado, para com o Governo foram rigorosa, religiosa e regiamente cumpridas. Eu não entendia como você tendo essa relação de amizade, de estreitamento, deixa de uma hora para outra, sem que se mantenha. Aí depois fatos de uma natureza, que chama-me a atenção, ao invés de você reverenciar a parceria com seus primeiros colaboradores, primeiros parceiros, você optar e eleger outros que não foram seus companheiros. Companheiros de campanha, companheiros de vitória. Isso ficou patente, não estou inventando… importante que, antes da busca por novos apoios, que você mantenha aqueles que foram responsáveis pelo primeiro momento”, complementou.