O ex-governador Ricardo Coutinho (PT) justificou nesta quarta-feira (5) seu apoio ao deputado estadual Luciano Cartaxo (PT) na corrida pela Prefeitura de João Pessoa. A entrada de Ricardo no debate eleitoral da capital paraibana ganhou destaque após ter fotos suas publicadas ao lado de Cartaxo em Brasília. Em entrevista à CBN Paraíba, o ex-gestor defendeu o potencial do parlamentar para alcançar o segundo turno contra o atual prefeito Cícero Lucena (PP).
“Ele tem, concretamente, mais chances de ganhar. Nós vamos ao segundo turno e vamos entrar em um embate entre duas formas de governo bastante diferentes. Eu penso que a gente precisa sempre fazer mais e melhor do que a gente já tenha feito. Isso serve para mim, serve para qualquer pessoa e serve para Luciano, que tem o apoio do PT e de uma parcela importante da população. Vamos crescer muito com uma proposta diferenciada”, avaliou.
Sobre Cida Ramos, que também busca a candidatura pelo PT, Ricardo diz que não tem “nada contra” a deputada, mas considera que Cartaxo é mais viável eleitoralmente.
“Eu acho que Luciano acumula mais eleitoralmente. Eu não tenho nada contra Cida. Já votei nela e foi a pessoa com quem eu mais fiz atividades de campanha em 2022. Não é essa a questão. É porque eu estou olhando para fora do partido, a disputa para prefeito se dá para fora do partido. Eu não estou priorizando uma disputa interna. Eu quero que o PT acumule [vitórias], principalmente nas capitais, visando a reeleição do presidente Lula”, afirmou.
No que diz respeito à posição do PV e PCdoB, que reforçaram o apoio à reeleição de Cícero Lucena, Ricardo classificou a tese como “frágil” ao afirmar que o prefeito não polariza com a extrema-direita, representada pela pré-candidatura do ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga.
“A federação, naturalmente, deve seguir o PT. A roda grande não pode rodar dentro da roda menor. Essa posição já é bastante conhecida e o argumento é totalmente frágil. Que polarização é essa entre Cícero e Queiroga? Que conversa é essa? Não existe. Alguém que se diz progressista tentar sustentar uma tese que Cícero é mais progressista que Cartaxo é transformar a política numa brincadeira”, comentou Ricardo.