A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou, nesta sexta-feira (06), novo boletim apresentando o cenário epidemiológico das arboviroses na Paraíba, totalizando 7.757 casos prováveis (confirmados ou com diagnóstico fechado sem exame) para as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti, de janeiro até setembro deste ano. Desses, 6.333 foram para dengue, 1.324 para chikungunya e 100 para zika. O documento também aponta redução de registros em comparação com o mesmo período de 2022 e uma redução de notificação se comparado ao boletim anterior.
De acordo com a técnica em arboviroses da SES, Carla Jaciara, a queda pode estar associada à subnotificação. Ela explica que 44 municípios na Paraíba não apresentam registros de casos para dengue, zika ou chikungunya e reforça a necessidade da notificação. Além disso, ela aponta que este é um período de baixa sazonalidade para os agravos. “Este é o momento das equipes de vigilância se prepararem para a próxima sazonalidade de aumento de casos com atualização dos planos de contingência municipais, de trabalhar e planejar ações voltadas para controle e prevenção dos casos”, pontua.
Sobre a taxa de incidência dos casos prováveis de dengue no estado, ainda é considerada média. Até a Semana Epidemiológica nº 39, que compreende o período entre 24 e 30 de setembro, foram confirmados quatro óbitos para o agravo nos municípios de Sousa (2), Baraúna e João Pessoa, além de um óbito confirmado em Campina Grande e dois em investigação em Sertãozinho e Santa Rita para chikungunya.
A SES reforça que os focos do mosquito Aedes Aegypti, na grande maioria, são encontrados dentro de casa, quintais e jardins. Daí a importância de as famílias não esquecerem que o dever de casa no combate ao mosquito é permanente. Pelo menos uma vez por semana, deve ser feita uma faxina para eliminar copos descartáveis, tampas de refrigerantes ou outras garrafas, não deixar água acumulada em pneus e adicionar cloro à água da piscina são algumas medidas que podem fazer toda a diferença para impedir o registro de mais casos de arboviroses, além de receber em domicílio o técnico de saúde devidamente credenciado, para que as visitas de rotina sirvam como vigilância.