O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, anuncia nesta quinta-feira novos ministros que vão fazer parte do seu futuro governo, que toma posse em 1º de janeiro de 2023.
Antes, o vice-presidente Geraldo Alckmin fez uma breve apresentação do resultado dos grupos de trabalho do governo de transição. Lula afirmou que 13 nomes ainda não serão anunciados hoje.
— Daqui a pouco vou apresentar um grupo de ministros e ainda estão faltando 13. Vamos ver se na segunda ou terça-feira a gente tenha terminado de anunciar os ministérios — disse.
O presidente eleito agradeceu aos presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, pela aprovação da PEC da transição. O petista também agradeceu os parlamentares. Lula só aguardava a votação da "PEC da Transição" para oficializar, se não toda, ao menos grande parte do primeiro escalão do novo governo.
— É a primeira vez que um presidente da Republica toma posse e começa a governar antes da posse. Tivemos a responsabilidade de fazer uma PEC e todo mundo sabe que não era nossa, era para cobrir a irresponsabilidade do governo que vai sair.
Lula frisou a situação de "penúria" encontrada pelos grupos de transição:
— Esse material que acaba de ser entregue é um material que não pretendo fazer pirotecnia, fazer um show, um escândalo. Eu quero apenas que sociedade brasileira saiba o Brasil que encontramos em dezembro de 2022. Recebemos esse governo em situação de penúria, uma situação em que as coisas mais simples foram feitas de forma irresponsável, porque o presidente preferia contar mentiras no cercadinho do que governar esse país.
Ao todo, Lula terá 37 ministérios. Antes do anúncio, a expectativa nos bastidores era de que pelo menos 17 pastas tivessem seus titulares anunciados. O presidente afirmou que faltarão 13 nomes para indicar.
Atualmente são 23 ministérios na Esplanada dos Ministérios. Até o momento, Lula só havia anunciado seis ministros: Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Flávio Dino (Justiça), José Múcio (Defesa), Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Margareth Menezes (Cultura).
Após uma breve introdução da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o vice-presidente Geraldo Alckmin assumiu iniciou a leitura do relatório. Alckmin relatou os retrocessos em áreas de atuação, e disse que o governo federal "andou pra trás":
— Fizemos uma síntese para que não haja interrupção dos serviços públicos. Infelizmente tivemos um retrocesso em muitas áreas. O governo federal andou para trás. O estado que o presidente Lula recebe é muito mais difícil e muito mais triste que anteriormente — afirmou.
Alckmin também criticou a falta de transparência do atual governo em fornecer alguns dados.
Mais cedo, pelo Twitter, o presidente agradeceu o trabalho dos grupos de transição.