
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) fez um alerta nesta segunda-feira (25) para o alto crescimento de casos de arboviroses na Paraíba. Desde a publicação do boletim epidemiológico no início de abril até o momento, foram registrados mais de 3 mil casos prováveis de dengue, que agora passam a ser 6.773. Já para chikungunya, foram mais de 2 mil, chegando a 4.464 casos prováveis, e zika, totalizando 193.
A SES também divulgou a nova programação para a aplicação da Operação de Ultra Baixo Volume acoplado a veículos (UBV) durante esta semana. A partir desta segunda, até a sexta-feira (29), o carro ‘fumacê’ estará presente nos municípios de Soledade, Boa Vista, Nova Palmeira, Seridó, Cuité, Santa Luzia, Juazeirinho, Lucena, Serra Branca e São José do Ramos.
A técnica responsável da SES pelas arboviroses, Carla Jaciara, explica que a crescente na notificação é resultado do trabalho conjunto entre a secretaria, por meio do Núcleo de Doenças e Agravos Transmissíveis (NDAT), e os municípios.
Carla Jaciara alerta que, neste ano, 45 municípios estão silenciosos, não realizando notificação de casos suspeitos de arboviroses, e 60 municípios estão com incidência alta, acima de 300, o que indica surto; além de seis municípios estarem com óbitos em investigação: Patos (1), Mulungu (1), Jericó (2), Serra Branca (1), Boa Ventura (1) e Queimadas (1). A técnica destaca que a notificação é uma forma de o município sinalizar a situação epidemiológica de forma individual.
“É importante que o município realize a notificação de todos os casos suspeitos para que seja realizado o cálculo de forma segura, efetiva. E é preciso também que o município esteja realizando Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa). Com esses dados, podemos avaliar a necessidade do uso do carro UBV nos territórios”, pontua.
Sobre a ação de aspersão espacial de inseticidas através da Operação de UBV acoplado a veículo, de acordo com Nota Técnica da SES, gestores e sociedade precisam compreender que a utilização desses equipamentos tem caráter complementar às demais ações de controle. Isto por conta do alcance limitado e do grande impacto ambiental causado. Para a utilização do carro, as Secretarias de Saúde dos municípios devem encaminhar para a Gerência Operacional de Vigilância Ambiental da SES um formulário com análises epidemiológica e entomológica, com dados e notificações.
Carla Jaciara lembra que, além da utilização do UBV, é fundamental que a população esteja sempre atenta às residências, mantendo o cuidado com qualquer meio que acumule água.
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