Segunda, 25 de Novembro de 2024
32°

Tempo limpo

Patos, PB

Política Saiba mais

Número de eleitores com idade entre 16 e 18 anos é menor em duas décadas, aponta TSE

Há menos de sete meses das eleições, o engajamento de jovens de 16 e 17 anos está o mais baixo já registrado pelo Tribunal Superior Eleitoral

07/03/2022 às 20h51 Atualizada em 08/03/2022 às 16h04
Por: Redação Fonte: PBAgora com dados do TSE
Compartilhe:
Número de eleitores com idade entre 16 e 18 anos é menor em duas décadas, aponta TSE

Há menos de sete meses das eleições, o engajamento de jovens de 16 e 17 anos está o mais baixo já registrado pelo Tribunal Superior Eleitoral. Até o fim de janeiro, 731 mil cidadãos dessa faixa etária, para a qual o voto é facultativo, tinham se cadastrado como eleitores. As inscrições seguem abertas até 4 de maio, mas, hoje, esse número representa cerca de 10% dos menores de idade aptos a votar e pouco menos de um quarto do total que foi às urnas três décadas atrás.

 

Aos 16 anos, Antônio Lacerda resume esse desinteresse pelas eleições e a desilusão com a política. “Estudar é muito mais recompensador do que ler o projeto dos candidatos, sabendo que, no fim, tudo pode não ter passado de fachada”, disse o estudante, morador de Cruzeiro (SP). “Minha única ligação com a política foi escutar na família como o candidato X roubou e como o Y foi bom. Não acho essa fonte tão confiável.”

 

Todo esse desânimo tem crescido a despeito dos esforços do TSE. Desde 2020, a Corte vem promovendo ações para incentivar a participação de jovens na política. Nas últimas eleições municipais, o tribunal lançou uma campanha para que cidadãos de 15 a 25 anos gravassem vídeos com sugestões de como melhorar suas cidades. A ideia era aumentar o número de votantes menores de 18 anos que, na época, foi de 914 mil.

 

O voto facultativo para pessoas de 16 e 17 anos foi aprovado na Constituição de 1988, mas a Corte tem dados comparativos somente a partir de 1992, quando o total de eleitores nessa faixa etária alcançou 3,2 milhões.

 

No ano passado, o TSE lançou nova campanha, no rádio e na TV, de vídeos protagonizados por atores de aparência juvenil com mensagens de estímulo à participação nas eleições. Também explorou redes sociais e plataformas de áudio. O empenho do tribunal, contudo, não bastou para superar fatores estruturais que, segundo analistas, têm afastado os jovens das urnas.