Mateus Solano conta como os filhos reagem a bullying e revela ter uma rede social fechada só para os íntimos

Casado há 14 anos com a atriz e diretora Paula Braun, com quem tem Flora, de 11, e Benjamin, de 6, Mateus Solano contou ao podcast Novela das 9 que o diálogo é a palavra de ordem em casa, mas admitiu, numa boa, ainda não estar preparado para a fase adolescente da menina.

"Não, absolutamente. Não estou (risos). Mas tenho certeza de que ela não vai ser uma ‘aborrecente’. Ela foi educada conversando muito", frisou.

O bullying que ele sofreu na época de escola, por exemplo, não é algo tolerado nem mantido em segredo por Flora. "Ela passou por alguma situação na escola em que imediatamente conversou, falou sobre isso, não engoliu. Eu lembro de sofrer bullying e de ficar calado durante meses!"

"Até o dia em que eu estourei, teve que vir a diretoria, e aí que eu fui falar pra minha mãe o que estava acontecendo. Não é isso que acontece com a Flora e o Benjamin, eles sempre vêm até a gente. Isso é muito precioso", reforçou.

Na nova trama das 7, Quanto Mais Vida, Melhor!, o personagem de Solano, Guilherme, é um cardiologista conceituado, mas arrogante e soberbo, bem diferente do intérprete. Fora de cena, o artista procura levar a vida com leveza, é pé no chão e discreto. Tanto que tem uma rede social fechada com postagens da vida privada só para os íntimos.

No perfil aberto aos fãs, que já passa dos 2 milhões de seguidores, ele prefere não expor os filhos e preservar ao máximo a privacidade deles. Mas e quando bate aquela vontade de compartilhar um momento especial em família? Aí a solução foi criar um perfil fechado. Simples assim!

"Pra mim, é muito estranho, eu já tô velho (ele tem 40 anos). Cada pessoa da minha geração foi escolhendo e entendendo como entrar nessa 'segunda vida' que a gente tem na internet. Eu não gosto da ideia de me expor, e já me exponho muito."

"Eu sou um palhaço, e gosto de me expor como palhaço. Não gosto de expor meus filhos e tal."

"Mas, aos poucos, a gente vai sendo contaminado e tendo gosto por mostrar as coisas, por dividir. A gente vê uma coisa bonita e quer tirar foto e postar, não basta simplesmente viver aquele momento."

"Tirando o perigo disso tudo, eu tenho uma rede social fechada onde eu coloco os meus filhos com muito prazer para as pessoas que eu conheço e tenho alguma intimidade. E tenho a aberta, onde eu compartilho minhas questões com o meio ambiente, tem muita palhaçada... Mas sempre escolho muito o que vou fazer, eu não posto qualquer coisa – estou andando, tenho uma opinião e resolvo falar. Primeiro porque acho isso é muito perigoso, ainda mais com essa história do cancelamento."

Para ele, essa cultura do cancelamento virtual fala de uma sociedade que está muito viciada em julgar o outro: "E muito pouco habituada a olhar para si próprio e pras coisas que precisam melhorar, que são muitas e, geralmente, são facilmente identificáveis: quando você tá falando muito mal de uma pessoa por uma determinada coisa, fatalmente é uma coisa que te incomoda em você mesmo."

Ativista ambiental!

Solano é um grande defensor da natureza e as práticas de preservação e conscientização também começam cedo em casa.

"Nem tem como ser diferente, coitados! (risos). Cada vez que ligam a luz, eu lembro que tem que desligar. Quando deixam o chuveiro ligado muito tempo, ‘desliga esse chuveiro!’. Estou sempre falando sobre o assunto, e fatalmente vão chegar em casa presentes de empresas ecológicas."

"Eles também não ganham um monte de presente, não são crianças que foram enchidas de plástico. São crianças que têm a noção de que têm livro demais, então de vez em quando a gente tem que doar. Eles estão em constante contato com essa sabedoria mais ecológica, então normalmente eles vão indo pra esse lugar também."