A Fundação Cultural de Patos, recebeu na noite da segunda feira (13), o Coletivo Cultural Patoense Derréis, que apresentou oficialmente o Coletivo para sociedade Patoense, além da apresentação da logo marca, o grupo apresentou na presença de autoridades, uma proposta de plano Municipal de Cultura que foi bem aceito.
Quem também esteve na noite solene, foi a família do homenageado, o cantor e compositor Derréis, a Filha e a Neta, ficaram emocionadas com as homenagens.
Daniela, neta de Derréis, se disse muito grata, por entender que todo que foi feito, foi com carinho e amor, e disse que em nome da família, agradece.
Luiz Alves de Oliveira, mais conhecido por “Derréis”, nasceu em 1939, na rua da Pedra, atual Galim Assis. Com 10 anos começou a engraxar sapatos com uma caixa perto da estação Ferroviária. Depois trouxe a primeira cadeira para o lado da Lojas Pernambucanas, vizinho a barraca de revistas de Toinho. Ultimamente vinha exercendo a profissão de engraxate na praça do Fórum Miguel Sátyro. Derréis se orgulha de ter engraxado os sapatos de Antônio Mariz, Bivar Olhinto, Adauto Pereira, entre muitas outras autoridades.
Como farrista, namorador, tocador de pandeiro, triângulo e zabumba, Derréis recebeu vários prémios pelo seu talento musical. É fá de Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro e faz questão de compor suas músicas sempre no ritmo dos seus ídolos. É sempre convidado para tocar em comícios, promoções escolares e eventos da cidade. Derréis faz questão de esclarecer que seu primeiro CD – Na Tampa da Lata – tem 14 composições, todas elas letra e melodia dele.
Em 2015 foi homenageado no São João Alternativo da Concha Acústica, se apresentando em parceria com o violonista e compositor Nilson Batista.
Sobre a vida amorosa, Derréis diz que foi casado com Iraci (falecida) e depois com Dorinha, tendo gerado uma prole bem substanciosa: 28 filhos; que lhe deram 27 netos, 17 bisnetos e 8 tataranetos.
Nos últimos tempos, depois de aposentado, Derréis vem sendo encontrado frequentemente em frente à agência do Banco do Brasil. Sempre disposto a dar entrevista, aceitar o convite para ir tocar num evento, ou bater “aquele papo” sobre música e a sua vida pregressa.
Realmente, é reconhecido como um afamado percursionista e portador de um ritmo invejável; adquirido segundo ele, cultivando a obra do seu grande mestre, Jackson do Pandeiro.
Falamos com Marcelo Lima, produtor e ativistas cultural, e membro do coletivo Derréis.
Para Marcelo Lima, foi uma noite memorável, além da merecida homenagem, apresentamos aos Patoense, nossos anseios de fazer um movimento cultural forte, amplo com participação democrática.
O coletivo já está preparado uma série de ações para beneficiar os artistas da cidade.