Em 30 de julho de 2022, ocorreu na Uninassau, em João Pessoa (PB), a Primeira Etapa do Campeonato de Fisiculturismo, denominado como: Musclecontest.
Quem participou foi a santerezinhense Flávia Joisy Lima Torres (23). O evento possuía sete categorias e a jovem competiu na Wellness e nesta categoria existem as subdivisões baseadas em critérios como: Altura, Estreantes e categoria Open (aberta). A jovem inscreveu-se nas categorias Estreantes e Open.
Ela ficou no podium nas categorias obtendo o terceiro lugar, o chamado ‘TOP 3’. Ela falou da satisfação da conquista:
“Isso foi algo que me deixou muito feliz, principalmente por obter esse resultado na Open, onde eu disputei com atletas já experientes, com idade maior que a minha, tinha atleta lá com 35 anos, com uma maturidade muscular de anos e ter ficado tão pertinho do top 1 me mostrou que realmente eu venho fazendo o trabalho certo e que ainda tenho muito a conquistar”, comentou.
A jovem relatou como iniciou a preparação e tem a musculação como um hobby. Comentou do apoio que recebeu do esposo, da mãe, da irmã, das tias, que são residentes aí de Santa Terezinha; dos patrocinadores; dos apoiadores. Ela citou o preconceito que existe na região com o esporte, como a falta de conhecimento das pessoas, poucos atletas e os julgamentos de algumas pessoas:
“Eu comecei a treinar musculação aí em Santa Terezinha-PB, na minha cidade, simplesmente por estar insatisfeita com o meu corpo, por uns três anos treinei apenas por lazer e não me comprometia 100% com a alimentação. Mas já era o suficiente no momento. Quando eu vim morar em Patos para conseguir dar continuidade à graduação e trabalhar, eu não conseguia dar de conta de tudo e ainda treinar, então fiquei parada por uns meses, mas aquilo me incomodava muito, porque independente de competir ou não, eu amo a musculação, para mim foi um hobbie que eu resolvi levar a sério. Com o passar do tempo, me organizei e voltei a treinar aqui na academia Ginasium, academia que me ganhou não só pela estrutura e profissionais que oferece, mas pelo ambiente em si. Lá eu conheci o treinador Felipe Fernandes, que presta serviço para a academia, mas também tem seus alunos particulares e também é atleta aqui da cidade de Patos. Começamos um acompanhamento e eu ainda nem pensava em competir, mas passados alguns meses ele foi vendo a minha dedicação e os resultados que estávamos conseguindo e me falou que se eu tivesse interesse, a minha linha se encaixava perfeitamente na categoria. Eu não quis decidir nada naquele momento, mas fui aos poucos conhecendo mais sobre esse mundo, pesquisando, entendendo, vendo os vídeos de outras competições e o desejo em competir nasceu. Isso fazia apenas cinco meses de acompanhamento com ele, então conversamos e resolvemos fazer tipo uma mini preparação, mesmo que eu não fosse competir, para que eu pudesse vivenciar e ter certeza do que queria. E aí quanto mais eu me dedicava aquilo mais sentido eu encontrava, eu realmente me apaixonei por esse mundo que é uma superação diária. Após essa mini preparação, surgiu a oportunidade desse campeonato e resolvemos entrar realmente em preparação, foram dez semanas com o foco totalmente voltado para o Musclecontest. Treinos de segunda a sábado, cardio todos os dias de domingo a domingo, dieta 100% à risca, é uma rotina inteiramente voltada para isso. Os atletas por terem um volume de treino mais intenso, necessitam de suporte de um fisioterapeuta e diante tantos gastos para manter tudo, eu não conseguia pagar um. Então eu busquei patrocínio e graças a Deus consegui com um excelente médico aqui da cidade, o Dr Emanoel do Centro de Fisioterapia Patoense. Ele quem me acompanhou e cuidou de tudo para que o meu corpo estivesse sempre pronto para suportar toda a rotina. Outro fator muito importante também foi ter conseguido o patrocínio de um coach de poses, para ajustar todo o meu desfile de palco, esse eu consegui de forma online, pois ele é de João Pessoa-PB. Werveson possui um time de atletas que ele acompanha, o WA Posing, no Instagram meus seguidores acompanhavam toda semana a evolução das nossas aulas, é algo que parece fácil, mas na realidade é um dos pontos mais difíceis, mas com toda dedicação, as aulas e os ensaios que eu sempre faço em casa, conseguimos um ótimo desempenho. Então uma das dificuldades do esporte é essa, é um esporte que necessita de investimento, e muitas vezes a gente não tem condições de custear tudo. Graças a Deus eu tive o apoio da minha família, em especial meu esposo, minha mãe e irmã e da minhas tias, que são residentes aí de Santa Terezinha. Desde o apoio emocional até financeiro, fizeram de tudo para que não me faltasse nada, serei eternamente grata! Outro ponto bastante complicado é a falta conhecimento nessa área aqui na nossa região, são contadas as pessoas que são atletas aqui em Patos e nas cidades vizinhas, então sempre tem julgamentos e coisas do tipo, mas a gente que faz por amor ao esporte segue sem medo. Aqui em Patos existem sim técnicos e pessoas que competem, meu treinador e coach Felipe Fernandes é um deles, a sua esposa também Mariana Eneas que me apoiou bastante nessa preparação, o proprietário da academia Cleytson Dutra que já foi atleta, mas hoje não compete mais, dentre outras poucas pessoas também,” explicou.
Ela completa dizendo da sua felicidade e da sua superação.
“Me sinto muito feliz pelos top 3, porém, mais feliz ainda por ver toda essa trajetória que percorri e saber que me superei em todos os pontos. Os planos para agora é melhorar tudo o que ainda é ponto fraco no físico para numa próxima competição, trazer o overall para casa!”