A advogada Michelle Ramalho será aclamada para mais um mandato à frente da Federação Paraibana de Futebol (FPF-PB). Ela registrou na tarde desta segunda-feira a chapa Avante Paraíba subscrita por nada menos que 50 entidades – entre clubes amadores, profissionais e ligas de futebol. Assim, não há como a oposição registrar candidatura coo mínimo de entidades exigidas por estatuto.
Para este segundo mandato, Michelle Ramalho terá como vice-presidentes Marcelo Vaz, Matheus Morais e Nosman Filho, que é o único a seguir no cargo para o quadriênio 2022-2026. Marcílio Braz e Talita Gomes são vice-presidentes nesta primeira gestão da advogada.
Michelle consegue pacificar o futebol paraibano, com o apoio de quase 90% do colégio eleitoral – isso inclui, por exemplo, todos os clubes da primeira divisão. Para se ter uma ideia, nas duas últimas eleições a FPF-PB teve disputas acirradas: em 2014, Amadeu Rodrigues, apoiado naquele momento pela ex-presidente Rosilene Gomes, que passou 25 anos no poder, venceu o irmão do ex-governador Ricardo Coutinho, Coriolano Coutinho com 37 votos a favor contra 29; e em 2018, Michelle Ramalho venceu Eduardo Araújo por 26 a 24.
De acordo com o edital da comissão eleitoral, 56 entidades estão aptas para participar do processo: 25 clubes profissionais, 21 clubes amadores e mais 9 ligas amadoras. Apenas seis clubes não subscreveram a chapa de Michelle Ramalho: Paraíba de Itaporanga, Spartax e Perilima (entre os profissionais), e mais Tiradentes, Meninos de Cristo e Força Comunitária (entre os amadores).
Além destes, o Miramar de Cabedelo não estava apto a votar quando foi lançado o edital, mas também se manifestou oficialmente a favor da candidatura de Michelle Ramalho.
Segundo o estatuto da entidade, nenhuma chapa pode concorrer a eleição se não tiver 16 (dezesseis) entidades do Colégio Eleitoral apoiando, sendo 8 (oito) profissionais e 8 (oito) amadores.
Antecipação pedida pelos clubes
A eleição vai acontecer no dia 23 de maio, depois de um manifesto de cerca de três quartos do colégio eleitoral solicitando a antecipação do pleito – que poderia acontecer até o mês de setembro. Sem a possibilidade do lançamento de outra chapa – que não teria o número mínimo de clubes para subscrevê-la -, o processo deverá ser conduzido por aclamação. Michelle Ramalho continuará sendo a única mulher a comandar uma federação no país.